quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A LAGOA AZUL - THE BLUE LAGOON


A LAGOA AZUL – Título original: THE BLUE LAGOON
Escrito por H.DE VERE STACPOOLE (1862-1951) em 1912 na Inglaterra.
Traduzido para o português na década de 40 por Mario Quintana.
-Quem tem menos de 15 anos talvez não tenha assistido ao filme. Assisti a 10 anos atrás ou mais. Li o livro agora na esperança de que no livro os personagens Dick e Emelina estivessem acordados no final. Livro e filme terminam exatamente iguais. (Eles ainda dormem).

Pg. 119 - "A crença em Deus não é um apoio para uma criança assustada; ensinai-lhe, como a um papagaio, quantas orações quiserdes, mas, no desamparo ou nas trevas, seu apelo será para sua ama ou sua mãe".

Pg. 182 -  "Pensamos por meio de nomes e palavras, em vez de fazê-lo por meio de imagens; e aí o chavão universal domina e a verdadeira inteligência quase que se aniquila".

Pg. 210 -    Perder um filho amado é, sem dúvida, o pior sofrimento que possa acontecer a um pai. Eu não me refiro à morte. Um menino passeia na rua, a criada se distrai um instante, ele desaparece. A princípio não se tem noção nítida da coisa, experimenta-se um choque no coração; as palpitações diminuem ante o pensamento de que uma criança perdida numa cidade civilizada não pode deixar de ser encontrada pelos vizinhos ou pela polícia. Entretanto, a polícia ou os vizinhos ignoram o incidente, as horas passam. Os minutos fogem, o dia escurece, a tarde muda-se em noite, à noite em aurora, e os ruídos de um dia ordinário recomeçam. Não se pode permanecer em casa. Fica-se inquieto, sai-se, para voltar imediatamente a pedir notícias, anda-se com o ouvido à escuta, mas o que se ouve incomoda os sons habituais. O rolar dos carros, os passos dos transeuntes vem aumentar nossa tristeza. A música transforma nossa miséria em loucura, e a alegria dos outros é tão monstruosa como uma gargalhada ouvida no inferno. Se alguém traz o corpo do filho morto, pode-se chorar, mas fica-se aliviado; a incerteza é que mata. Os anos voam, fica-se velho. A gente diz: -Ele teria 20 anos hoje!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O Ano de Viver Perigosamente - livro.


Livro: O ANO DE VIVER PERIGOSAMENTE – Tit. Original: THE YEAR OF LIVING DANGEROUSBY
Copyright 1987 – Escritor CHRISTOPHER JOHN KOCH
– Obra publicada em 1978, tornou-se um dos Best Sellers da literatura australiana. O livro foi adaptado para o cinema em 1982 com direção de Peter Weir lançado pela Metro-Goldwyn-Mayer.
Tradução Francisco M. da Rocha Filho.
O tema do livro gira em torno do movimento político da Indonésia, mais precisamente em Jakarta no ano de 1965, abordando a forma do governo de Sukarno e a miséria do seu povo. Outro tema amplamente abordado no livro é os “anões”, sua história e origem.
Personagens principais: Cookie o narrador da história e também jornalista. / Billy Kwan, o anão, um dos personagens principais e cinegrafista autônomo. / Gui Hamilton, repórter e personagem principal junto com Kwan. Sukarno, o então presidente e Jill, a parte romântica da história.
Partes separadas do livro ou, diálogos interessantes:
Pag. 92 Billy fala de um amigo indonésio que acredita que sem Deus os homens enlouquecem de orgulho e se tornam maus. A maioria dos indonésios são pessoas tranqüilas... odeiam gente barulhenta, agressiva. Eles a chamam “kasar” (grosseiros). Os ocidentais para eles são kasar. Os heróis mais aristocráticos na indonésia são o príncipe Arjuna, o rei Kresna, Krishna que é uma das encarnações do deus hindu Visnu. Arjuna é também um anão, no mito hindu. – Arjuna é um guerreiro, mas ele prova um tumulto na natureza apenas pela meditação: ao construir seu poder espiritual... seu sukti. Mas para desenvolver este poder, ele teve primeiro que dominar a si mesmo antes de poder controlar os outros. Nada tem uma face única. Arjuna é um herói, mas pode também ser instável e egoísta... isso é a sua fraqueza. E quando Arjuna pergunta a Krishna o que faz um homem pecar, Krishna diz: “A avidez luxuria e a ira; isto é o inimigo da alma. Tudo é toldado pelo desejo, como o fogo pela fumaça, um espelho pela poeira.... (Na página 222 há mais diálogo sobre Arjuna)
Pag. 105 Billy fala sobre as espécies de anões. Existem duas categorias importantes que muitas pessoas confundem: os acondroplásicos e os atelióticos. Um ateliótico vem a ser o verdadeiro anão que vocês conhecem: uma miniatura perfeitamente formada.  Ele é em geral, muito enfermiço e não muito inteligente. Mas o acondroplásico é um homem normal, cujos braços e pernas se desenvolveram deficientemente. Assim, ele é colocado numa situação desagradável. O índice mais baixo de altura normal num homem situa-se em um metro e trinta e um centímetros; eu tenho um metro e vinte e seis. Certo? Mas há muitas variações...(e o texto se prolonga...) Pag.106 –Ah, sim... Bem, a ciência médica ocidental é deleitavelmente indefinida. Por algum motivo, que não sei explicar, os ossos compridos dos membros Dops acondroplásicos sofrem uma parada de crescimento no ventre materno. Essa deficiência tende a surgir em famílias com um casal de pais pequenos, gerando um acondroplásico. Mas acredito em uma teoria mais antiga, companheiro... a de que houve outrora uma raça de anões, da qual nós somos regressões atávicas.  Você pode observar ainda vestígios disso na Europa, formando um cinturão da Baviera ao País de Gales e à Irlanda. Homens pequenos e musculosos que extraem metais preciosos das minas... não se lembra de suas histórias de fadas? (Billy vai além no texto........) Átila, o rei dos hunos, era um acondroplásico. Assim os mongóis tinham também uma sub-raça de anões. (.........)
Pag. 121 DOSSÊ A 2: ANÕES – Na mitologia celta, o reino dos anões debaixo da terra, cheio de metais preciosos, é chamado de antípodas. Pag. 122 – E a você, meu Amigo-Não-Encontrado, que todos esses mapas de outras vidas são endereçados; a você, por quem nós todos idiotamente aguardamos. Você lera cada palavra com simpatia, perdoe toda a minha secreta vileza, favoreça todas as minhas esperanças! Aqui, sobre a página silente, eu sou o mestre – tal como o sou na câmara escura, remexendo meus negativos no banho mágico do revelador. E aqui, entre minhas fichas, posso embaralhar, como se fossem cartas, as vidas com que lido. Seus rostos se projetam para mim desses pequenos pedaços de cartão acetinado; pessoas que se converterão em outras pessoas; criaturas que envelhecerão, trairão seus sonhos, tornar-se-ão fantasmas. Mas elas aguardam, em minhas fichas, para ver o que farei com elas. Ao mapear seu cego roteiro no papel, eu as possuo, de certo modo! Elas podem me deixar fora de seus corações, querido Amigo, mas não de suas vidas. Elas são inquilinas de meu sistema secreto, quer gostem ou não....
(Digitei alguma fala do anão Billy e o dossiê acima. Billy tinha a estranha mania de fazer um dossiê sobre as pessoas... da forma que ele as via.... )
Pag. 108 “A religião não é boa sem a paixão” – disse Billy (nessa página, Billy fala sobre religião).
Pag. 146 DOSSIÊ S 9. SUKARNO, Engenheiro Raden (Kusno Susro) presidente da República da Indonésia.
     O título “Raden” é o de um membro da classe priyayi aristocrática de Java. Os nomes “Kusno Susro” foram abolidos na sua infância, porque ele era enfermiço e seu pai o rebatizou com o nome de Karno, para atrair para ele melhores condições de saúde. (aqui se prolonga o dossiê nas páginas 147 e 148). Na página 110 Billy fala sobre Sukarno. Sukarno é um romântico, não um materialista. Lembram do que ele disse sobre a revolução? “Eu estou louco, estou obcecado pelo romantismo da revolução”. E quando ele se dirige às massas que o apoiam, dá-se uma comunhão mística. Sabe o que ele disse uma vez em seu discurso? Que quando ele fala para o povo, está possuído. – A voz grave de Kwan ganhou um som litúrgico, e ele citou: “Para mim, o fogo não é quente o bastante, o oceano não é suficientemente profundo, nem as estrelas bastante altas”. (.............) Assim, ele une em si mesmo as duas grandes religiões de Java. Um homem duplo, um homem de dualidades. (......) Lembrando que C.J.Koch escreveu o livro “O Homem Duplo” que não tem nada haver com política mas sim, com o sonho de alguns jovens dos anos sessenta.
Pag. 153 “Sempre supomos que aqueles que nos estimam continuem os mesmos; é muito desconcertante verificar que eles podem se afastar, ou colocar uma nova máscara”.
Pag. 281 – Que o silêncio possa predominar. Que a força do vento e da tempestade possa ser minha. (..............) Ditadores extintos, como Hitler e Stálin, tem uma qualidade subumana, muito reduzida, vistos através de nossos telescópios invertidos. Eles deprimem; são como insetos. Você não tinha essa configuração, Bung Karno, e isso me faz julgar seus pecados como veniais ao invés de mortais. Você sorri para mim agora na foto do arquivo de Billy Kwan, com o pitji elegantemente inclinado, e eu sorrio torto em resposta, como se sorri para um trapaceador de quem não conseguimos deixar de gostar (.............) Você permaneceu um adolescente, Sukarno, desavergonhosamente apaixonado por si mesmo. (.....).
-
Estas são as partes do livro que fiz questão de digitar na lembrança.
(By Mar)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Livro A TRAVESSIA Título original: LA TRAVERSÉE - Escritor CYRIL GELY

Foto que eu tirei.
Livro “A TRAVESSIA” Título original: LA TRAVERSÉE
Copyright 1995 CYRIL GELY
Tradução de Merle Scoss e Melania Scoss.
O menino Artur é o personagem central deste livro de 220 páginas.
Pag. 7 – “Eu morro. Antes da noite, termino minha jornada.
                 Nem bem abriu-se ao dia, já minha rosa feneceu.
                    A vida concedeu-me efêmeras doçuras, mas,
                         Nem bem as provei, e já morro” –(Chérier, 1794)
Pag. 39 – A morte não é eterna, em nenhum caso. Com um pouco de fantasia, podemos até dizer que a morte não existe. Só a vida – e, às vezes, o vaguear – existe. A morte é rápida e muito densa: é isso que assusta. Mas ela não é grande coisa. Na Terra nunca se quer a morte. Mas quando ela chega, precisa ser desejada, cobiçada, para poder ser aceita.
Pag. 102 – Ela me ama / ela me disse / que me ama
                   Ainda ontem / eu sei / ontem ainda / na curva do caminho me esperou.
                   Foi ontem / eu sei / junto ao lago me esperou.
                   Foi à noite / ou de manhã / já não sei... / mas me beijou.
                   Não há caminho / nem lago há.
                   Mas era ela / eu sei / se não ontem... / amanhã então.
                   Ela me ama / ela vai dizer que me ama...
                   Amanhã!
Pag. 112 “Cada um por sua vez, o amor e a morte tomam todas as cores de uma paleta. Desde o branco do nascimento e da virgindade, até o preto do fim inevitável. O calor do amor, o frio da morte. As cores representam a vida. O amor e a morte não são, os dois, toda uma vida?
Pag. 125 “A vida nada mais é que um sonho, do qual despertamos para a morte (Pascal 1662).
Pag. 139 “E o homem então percebe, tendo em mente cada vez que adormece, que, para viver fez na noite passada um ensaio para morrer” (Marbeuf 1645).
Pag. 146 “E, sendo rosa, viveu o que vivem as rosas: o espaço de uma manhã. (Malherbe, 1628)
Pag. 184 “O Sol disse: -Dias como este, eu bem que os dispensava. –Estás te queixando de quê? Perguntou a Lua. Nenhuma nuvem se pôs hoje em teu caminho. Brilhaste com todo esplendor. Mostraste toda tua grandeza. Podes esperar coisa melhor que um dia como este? –Sim, exatamente um dia com nuvens. –Mas por quê? Retrucou a Lua. –Para me fazer desejado, dona Lua, para me fazer desejado...
Pag. 195 “Nossa história de amor só começou, de verdade, com a minha morte. E minha morte significava também o fim dessa história”.
Epílogo
Antes que você feche este livro, antes que você também comece a esquecer Artur, devo acrescentar uma última explicação, (não vou transcrever aqui o resto, é a parte chocante do livro e Arthur precisa dos créditos, Ciryl também).
É um livro para ser lido por todos,  principalmente pelos motoristas apressadinhos.  Ao atropelarmos alguém, nunca mais seremos os mesmos. Uma consciência futura projetada no presente é bem provável que nunca aconteça. É só se imaginar... atropelando uma criança.
Escritos em azul, são meus devaneios. No demais, copiei do livro escrito para o menino Artur.
(by Mar)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Livro O AMERICANO TRANQUILO


O AMERICANO TRANQUILO

Autor: GRAHAM GREENE – Título do original: THE QUIET AMERICAN – Copyright, 1955
- Copyright desta edição, 1974 – Tradução de Brenno Silveira.  (1. Edição).

Personagens do livro: Thomas Fowler (jornalista e 1.pessoa da história). Alden Pyle e seu cão Duque e a garota Phuong são os personagens que levaram o autor a escrever o livro.  A história se passa entre Março, 1952 – Junho, 1955. No ano de 1952, Graham Greene esteve na Indochina, a serviço da Revista Life. E vem daí a origem do romance, baseado num diário de viagem.

Há tal transparência na história que podemos ler a mente do autor.   Pyle e seu cão já estão mortos no início da história, foram vítimas da guerra,  mas vivem em cada página do livro, assim como a amada Phuong.
Digito abaixo alguns pensamentos do autor em: O AMERICANO TRANQUILO.

Início - Esta é a época patente de novas invenções
             Para matar os corpos e salvar as almas,
                Tudo propagado com a melhor das intenções.  (Byron)

Pgna. 73 – O canal estava cheio de cadáveres: lembro-me, neste momento, de um cozido irlandês com uma quantidade excessiva de carne. Os corpos amontoavam-se; uma cabeça, de um cinzento cor de foca – anônima como a cabeça rapada de um convicto – surgiu à flor da água como uma bóia. Não havia sangue: suponho que já tinha sido levado pelas águas havia muito. Não tenho idéia de quantos eram: deviam ter sido surpreendidos por algum fogo cruzado, ao tentar voltar, e creio que muitos dentre nós, ali junto ao canal, estavam pensando: “Bastam duas pessoas para essa brincadeira”. Eu também desviei o olhar. Não queríamos que nada nos lembrasse quão pouco contávamos – quão rápida, simples e anonimamente chegava a morte. Embora minha razão desejasse o “estado de morte”, eu receava o ato como uma virgem. Gostaria que a morte chegasse com a devida advertência, de modo que pudesse preparar-me. Para que preparar-me? Eu não sabia para que nem como me preparar – a não ser que fosse para lançar um último olhar ao pouco que estaria deixando neste mundo.
Pgna. 86 – Ao despertar aquela manhã, alguns meses mais tarde, com Phuong ao meu lado, pensei: “E você, acaso, a compreendia? Parecia prever esta situação? Phuong a dormir tão feliz a meu lado – e você morto? O tempo tem as suas vinganças, mas tais vinganças nos parecem, com freqüência azedas. Não seria melhor que nenhum de nós procurasse compreender – que aceitássemos todos o fato de que nenhuma criatura humana compreenderá jamais uma outra? Que a esposa não compreenderá o marido, o apaixonado a amante, ou o pai a criança? Talvez seja por isso que os homens inventaram Deus: um ser capaz de compreensão. Talvez, se eu quisesse ser compreendido ou compreender, me deixasse engabelar por uma crença, mas eu sou um repórter: Deus só existe para os escritores líderes.

Pgna. 156 – Estar amando é ver-nos como alguém nos vê – é estar apaixonado pela imagem falsa e exaltada de nós mesmos. No amor, somos capazes de agir com honra: o ato de coragem nada mais é do que o desempenho de um papel para uma assistência constituída de duas pessoas. Talvez eu já não estivesse mais apaixonada, mas ainda me lembrava disso. (detalhe que observei nessa página postei no meu blog http://arquivox-mar.blogspot.com.br/search?updated-max=2011-09-02T14:50:00-07:00&max-results=10&start=10&by-date=false  diálogo que se passas no filme Corações Apaixonados (Playing by Heart) - 1998

Fala de Paul (Sean Connery) aos 90 minutos do filme:

"A parte boa de nos apaixonarmos é que se aprende tudo sobre a pessoa, e rapidamente! E se for amor verdadeiro, então começamos a nos ver através dos olhos do outro, refletindo o que há de melhor em nós... é quase como se nos apaixonássemos por nós mesmos.")

O livro é de fato bom quando no final da leitura, o seguramos entre as mãos e resumimos toda a história em nosso pensamento como uma segunda leitura abstrata. Li cada palavra e absorvi o sentimento de cada uma. Bons escritores fazem a diferença.

Em azul, são meus devaneios.

A capa desbotou no tempo das pessoas que o leram ou o guardaram. Comprei no Sebus e para o Sebus vai voltar.

(By Mar)


domingo, 19 de agosto de 2012

Livro: O MÉDICO DO PRESIDENTE

Foto do meu livro.

O MÉDICO DO PRESIDENTE
1975      by               WILLIAM WOOLFOLK
Título original em inglês:  THE PRESIDENT’S DOCTOR
Tradução Ana Maria Mandim.
Personagens do livro: George Rushton (presidente), Carter (personagem principal), Janet, Claire (esposa de George, ex namorada de Carter), Dr. Thatcher (o médico do presidente)

Destaques do livro:
O livro é baseado em ANFETAMINAS e os efeitos colaterais provocados pelo uso abusivo da droga.

Pgn. 57 – George deveria ter tido montes de oportunidades e quantos homens podem atravessar suas vidas inteiras sendo fiéis a uma mulher só? Os votos do casamento nem sempre levam em consideração os ferozes instintos do animal humano. (breve comentário de Carter sobre a responsabilidade do presidente na morte da amante).

Pgn. 142 – As personalidades humanas estavam divididas em categorias diferentes e as drogas psicodélicas, particularmente as anfetaminas, tinham efeitos muito diversos sobre cada tipo. Alguns se recolhiam numa passividade que se assemelhavam com uma esquizofrenia, outros não mostravam sinais emotivos, mas seu corpo se rebelava e desenvolvia sintomas puramente físicos, outros ainda oscilavam entre tentativas infantis para continuar dependentes e ataques de descontrole igualmente infantis. A categoria mais assustadora aprende a manter seus impulsos hostis sob controle e obtêm o que querem sem demonstrar animosidade. Sua necessidade de dominar é dirigida para os canais sociais úteis. Se forem submetidos a um longo tratamento com anfetaminas, o delicado equilíbrio de sua personalidade começa a se desintegrar. Os impulsos hostis retomam o controle. Eles começam a acreditar que estão cercados de inimigos e tentam destruí-los e reagem com o que frequentemente parece ser uma violência desmotivada.

Na pgn. 231 – Quando o presidente começava a falar era como se não pudesse parar. O Instituto de Psiquiatria, em seu relatório, chamara aquilo de “pressão oratória”, uma necessidade compulsiva de falar aliada a uma incapacidade de escutar.

Com certeza não é o melhor livro de William Wolfolk, no entanto, o tema abordado é um alerta para os nossos tempos... ainda. Anfetamina e outros alucinógenos deveriam ter morrido no passado.
Copiado diretamente do livro.  As letras na cor azul, são meus devaneios.
(by Mar)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

RUMOR DE ELEFANTE

 Foto da minha linda Monalisa (direitos By Mar) Monalisa afirma com um olhar e um latido, ter visto o elefante Nathanaél Proboskiphore flutuando acima do livro.

Titulo original Frances: UNE RUMEUR D’ÉLÉFANT
Alain Gerber – Editora Globo 1987
Um dos destaques do livro é a tradução brilhante de Marta Nehring, para o idioma português. Para quem gosta de um personagem que apanha tanto a ponto de ficar com a cara parecendo um triângulo torto, o personagem Yagel é o saco de pancadas no livro.
Vimlo Naftali, Irmão de Yagel é o fundador (no acaso) da idéia da elefantoscopia que vira a principal matéria aulas de Metafísica.
Na, pag. 21, num diálogo para com Vimlo, sobre a volta do Messias e os três postulados da seita –O primeiro é a teoria prática: se o mundo se tornasse absolutamente puro, para que serviria um redentor? O segundo é a teoria física:a pureza não teria como atrair pureza, posto que o cheio não atrai o cheio; é o vazio que recebe o pleno. E o terceiro é a teoria metafísica: se a natureza humana implica a faculdade de ser impuro, então ela também participa, de alguma forma, da impureza e, então, não saberia se tornar absolutamente pura, seja lá quais forem os esforços que a criatura fizer nesse sentido.
Na pag. 83 – Kryla Krylakuri, um dos personagens filósofos do livro fala a Vimlo:  A impureza não precisa nem de mim e nem de nenhum outro para crescer e espairecer. A gente tem que cuidar dos lilases e das roseiras, mas com as ervas daninhas não é preciso a menor preocupação. O mal é como uma praga, cresce sozinho.
No capítulo 51 pag. 268 – ALEXANDOR NEGLATKINE DEDICA-SE A MISE EM SCÉNE.
Nessa aula de psicologia fundamental a questão fundamental é: “A consciência do elefante constrói ou denuncia o espaço que a circunda? Em que medida podemos afirmar que esse espaço é tão somente uma dimensão de tempo?
Na pag. 288 “Os inferiores (empregados) devem permanecer na ignorância de sua superioridade ou o mundo ficaria de cabeça para baixo e os fundamentos da civilização seriam contestados”
A história por outro lado se desenrola numa mentira que se pode afirmar como sendo verdade desde que se obtenha número de pessoas, para virar uma alucinação coletiva, tipo afirmar de que esse livro não existe, vou até tirá-lo de sua imaginação para que você concorde comigo.
Quanto ao elefante NATHANAÉL PROBOSKIPHORE, na pag. 377 Josef Kansel fala a Vimlo, entre risos de ambos,  -, para aqueles que nos venciam, era que, bom, um probleminha de nada, três vezes nada... Pois apesar de continuares sendo incapazes de vê-lo, tinham acabado de provar para si próprios que o elefante existia.
Entre outros personagens e ou elementos lexicológicos temos: Luudi Pthoklyno, Mazaudi Noshgo (professor), Zohobar Kuusch (diretor da escola), Gedeão Boubarki (o aluno sabe tudo).
Para mim o livro é ÓTIMO por um único motivo:  -Fiquei na dúvida se gostei ou não e essa dúvida me faz ter a certeza que gostei porque, podemos facilmente achar o que não é,  como sendo e vice-versa.

Digitado em negrito são frases do livro,
em azul - são meus devaneios.
By Mar

domingo, 15 de julho de 2012

O HOMEM DUPLO. - The doubleman

Por Christopher John Koch - Copryght 1985
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Pgna 44 -- E reze - ordenou ele. - Não se preocupe se Deus parece não estar ouvindo. Ele está, e num momento, ele pode lhe dar o que negou durante muito tempo. Ecco.
Pgna 113 - Tudo o que vemos não passa de aparência. A questão é o que realmente há além dela. Ou quem... como perfurar essa película...
Pgna 129 - Nada é mais bonito que um violão - exceto talvez dois. ( Frédéric Chopin)
Pgna 148 - Os estúdios de uma grande emissora de rádio têm à noite a mesma quietude de uma igreja deserta. Mas por baixo disso há uma vibração baixa, emocionante, como a de um navio em alto mar. Os corredores estão vazios mas você sabe que o organismo está vivo.
Pgna 229 - ............
                  - Ou não vês aquela linda estrada
                   Que pelas verdes colinas ondeia...
                    É a bela Terra dos Elfos, a estrada
                    Por onde esta noite junto iremos.
Pgna. 247 - Ri novamente, mas ele ignorou meu riso, e continuou a explicar os detalhes da calamidade pré-cósmica, pela qual o mundo material tinha sido criado, não pelo que chamamos de Deus, mas por uma força inferior e malévola - o Demiurgo - , e uma de suas identidades era o Deus do Velho Testamento. - E assim, os Judeus e Cristãos foram enganados.  ( um diálogo sobre a eternidade, dança nessa página).
Pgna. 268 - Richard pensando.   - A caminho de casa, sentia-me como um homem que acreditava por muito tempo sofrer de uma doença fatal, para no fim descobrir que essa doença não existia.
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(By C J Koch

Em resumo, o livro é bem interessante. Gosto dos livros escritos no passado, pois somos o resultado de tudo que foi escrito na Terra e nas estrelas. 
(by Mar)

 Na foto, minha linda  Cherriê.


sábado, 18 de fevereiro de 2012

Tossa Plissê em comemoração ao aniversário de 2 anos da Cherriê

A Cherrie completou dois anos no dia 15/02/2012. Não é usual cortar os pelos de cães de pelagem curta.. Ocorre que ela ficava deprimida todas as vezes que via eu cortando o pelo da Mona e do Yachiro. Quantas poses ela fez depois do corte ? -Inúmeras. Ela amou.
Para quem for adotar o modelito, dei o nome de "Tosa Plissê"

Esta foto é do dia da adoção da Cherrie, em 03/2010,
Vou colocar mais fotos no outro blog
http://arquivox2-mar.blogspot.com/
(By Mar)

domingo, 22 de janeiro de 2012

ZANA - A INTERPLANETÁRIA (Luiz Carlos Carneiro)

Recebi esse livro do meu irmãozinho querido, Daniel Antena. Dan procura por suas irmãs Zanas enquanto sonhamos em voltar para ALOHA.
- No livro, antes do índice em página nenhuma da abertura, o poema do autor:
ZANA
Luiz Carlos Carneiro
Quando a noite se torna mais calada,
Quando todos em volta estão dormindo....
Quando a Lua passeia sublimada,
no vargedo de um céu sereno e lindo...
(saio do corpo... e corro a teu encontro)!


Transporto-me feliz, alma encantada.
(Mulher Interplanetária))
Para longe da Terra e vou sorrindo,
na certeza de achar a paz ansiada,
certo de ver meu sonho reflorindo!
(Trabalho contigo mulher maravilhosa).,


Longe dos encarnados, dos rumores
deste mundo cruel, de prantos e dores,
me sinto para a vida renascer....


E ao voltar para o chão, ledo e seguro,
sinto-me leve, puro...
Mais ansioso, Zana, de te amar e de viver.
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Na pagina 63 Zana fala de algum lugar do umbral:
-Saiba dominar-se, irmãozinho e vencer a si mesmo. Vitorioso não é aquele que vence os outros, mas o que se vence, dominando  seus vícios e superando seus defeitos. A vitoria sobre si mesmo é muito mais difícil e quem consegue alcança-la pode ser classificado como verdadeiro herói. Aprenda a dominar -se e jamais desanime. Se desta vez não conseguiu, recomece e um dia sairá vitorioso. Deus te abençoe! 
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Na pagina 86. no resgate da clareira Zana fala:
-O que passou, passou! Desse momento em diante, procure construir uma vida nova, na direção do Alto, caminhando para a frente, sem olhar para trás.
Faça como o SOL que se ergue a cada novo dia, sem lembrar-se da noite que passou.


Li o livro enviado pelo irmãozinho querido Dan, portanio,  
nada consta aqui que seja copiado da net.
Digitei.... pequenos pontos longe,  muito longe de Aloha.
- Letras em azul, pertence a viagem do autor no livro. No ademais, meus devaneios.
(By Mar)