Foto que eu tirei.
Livro “A TRAVESSIA” Título original: LA TRAVERSÉE
Copyright
1995 CYRIL GELY
Tradução de
Merle Scoss e Melania Scoss.
O menino Artur é o
personagem central deste livro de 220 páginas.
Pag. 7 – “Eu morro. Antes da noite, termino minha jornada.
Nem
bem abriu-se ao dia, já minha rosa feneceu.
A
vida concedeu-me efêmeras doçuras, mas,
Nem bem as provei, e já morro” –(Chérier, 1794)
Pag. 39 – A morte não é eterna, em nenhum caso. Com um pouco
de fantasia, podemos até dizer que a morte não existe. Só a vida – e, às vezes,
o vaguear – existe. A morte é rápida e muito densa: é isso que assusta. Mas ela
não é grande coisa. Na Terra nunca se quer a morte. Mas quando ela chega,
precisa ser desejada, cobiçada, para poder ser aceita.
Pag. 102 – Ela me ama / ela me disse / que me ama
Ainda ontem / eu sei / ontem ainda / na curva do caminho me esperou.
Foi
ontem / eu sei / junto ao lago me esperou.
Foi à noite / ou de manhã / já não sei...
/ mas me beijou.
Não
há caminho / nem lago há.
Mas
era ela / eu sei / se não ontem... / amanhã então.
Ela
me ama / ela vai dizer que me ama...
Amanhã!
Pag. 112 “Cada um por sua vez, o amor e a morte tomam todas
as cores de uma paleta. Desde o branco do nascimento e da virgindade, até o
preto do fim inevitável. O calor do amor, o frio da morte. As cores representam
a vida. O amor e a morte não são, os dois, toda uma vida?
Pag. 125 “A vida nada mais é que um sonho, do qual
despertamos para a morte (Pascal 1662).
Pag. 139 “E o homem então percebe, tendo em mente cada vez
que adormece, que, para viver fez na noite passada um ensaio para morrer”
(Marbeuf 1645).
Pag. 146 “E, sendo rosa, viveu o que vivem as rosas: o
espaço de uma manhã. (Malherbe, 1628)
Pag. 184 “O Sol
disse: -Dias como este, eu bem que os dispensava. –Estás te queixando de quê?
Perguntou a Lua. Nenhuma nuvem se pôs hoje em teu caminho. Brilhaste com todo
esplendor. Mostraste toda tua grandeza. Podes esperar coisa melhor que um dia
como este? –Sim, exatamente um dia com nuvens. –Mas por quê? Retrucou a Lua.
–Para me fazer desejado, dona Lua, para me fazer desejado...
Pag. 195 “Nossa
história de amor só começou, de verdade, com a minha morte. E minha morte
significava também o fim dessa história”.
Epílogo
Antes que você feche este livro, antes que você também
comece a esquecer Artur, devo acrescentar uma última explicação, (não vou transcrever aqui o resto, é a
parte chocante do livro e Arthur precisa dos créditos, Ciryl também).
É um livro para ser lido por todos, principalmente pelos motoristas apressadinhos. Ao atropelarmos alguém, nunca mais seremos os mesmos. Uma consciência futura projetada no presente é bem provável que nunca aconteça. É só se imaginar... atropelando uma criança.
Escritos em azul, são meus devaneios. No demais, copiei do livro escrito para o menino Artur.
(by Mar)